sexta-feira, 2 de maio de 2008

A pesca esportiva é inofensiva?

A foto ao lado é do peixe tilápia, durante uma pesca esportiva em Nova Friburgo (RJ). Será que pescar o peixe, fotografá-lo e devolvê-lo ao seu habitat natural não provoca nenhum dano ao animal?
Vários fatores provocam morte de peixes, como a retirada da mata ao redor do rio, garimpo e poluição. Após morder a isca e ficar preso no anzol, o peixe, além de sofrer um alto estresse, fica com a pele machucada. O ferimento aberto atrai bactérias que podem até matá-lo. Para realizar um "pesque e solte" saudável para o peixe e para o pescador são necessários alguns cuidados (retirado do site Ambiente Brasil http://www.ambientebrasil.com.br/)
Primeiramente, é importante conhecer como realizar a devolução de modo correto, para que o peixe possa sobreviver e continuar se desenvolvendo.O peixe não deve ser lançado direto na água, pois após a disputa com o pescador ele está cansado e se for jogado na água sem os devidos cuidados se tornará presa fácil para o predadores naturais. Deve-se colocar o peixe na água apoiando-se com uma mão por baixo do corpo e a outra suavemente na cauda, na posição horizontal (algumas espécies podem ter os órgãos internos comprimidos se forem segurados na vertical), visando a sua recuperação lenta e a readaptação com o meio aquático. O pescador somente deve largá-lo quando sentir que o peixe está em condições de sair por conta própria. O pescador deve evitar que o peixe caia de suas mãos, batendo no barco ou nas pedras. Em alguns casos, o animal morre somente com o baque provocado pela queda. E é fundamental para sua sobrevivência soltá-lo sempre na mesma região onde foi capturado.
Não se deve utilizar uma linha muito fina, objetivando diminuir o tempo da briga entre o peixe o pescador. A demora cansará muito o peixe, diminuindo sua capacidade de resistência.
É importante usar o anzol sem farpa porque machuca menos o peixe.
Quanto menor for o tempo em que o peixe ficar fora d’água, melhor. Não conhecemos regras básicas quanto ao tempo, sabemos que as espécies de escama possuem menor resistência que as espécies de pele. Os peixes que vivem em corredeiras e cachoeiras recebem mais oxigênio da água, possuem menos resistência fora d’água do que os que vivem em lagos, rios e igarapés calmos.
Então, quando forem pescar por diversão, pensem um pouquinho mais e lembrem-se de que este peixe pode ser pescado ainda inúmeras outras vezes.

Curiosidade: a Prefeitura do Rio, em uma de suas tentativas de combater o mosquito da dengue, chegou a colocar tilápias em lagos e chafarizes da cidade. As tilápias foram escolhidas porque se alimentam das larvas do mosquito e se reproduzem muito rápido.

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