quarta-feira, 30 de abril de 2008

Três vegetações entre a serra e o mar


Foi debaixo de muita chuva que o grupo de pós-graduação em Meio Ambiente da Coppe/Ufrj realizou, hoje (30/04) de manhã, uma visita técnica ao Parque Estadual da Pedra Branca, na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Na caminhada antes de chegar ao parque, foi possível perceber uma intensa ocupação desordenada do homem, com moradias construídas no meio da vegetação, provocando impactos e dando início a um processo de favelização.
O Parque Estadual da Pedra Branca é uma unidade de conservação com cerca de 12.500 hectares de área coberta por vegetação típica da Mata Atlântica, como cedros, jacarandás, jequitibás e ipês, além de uma variada fauna, composta por jaguatiricas, preguiças-de-coleira, tamanduás-mirins, pacas, tatus e cotias. O maciço circunda os bairros de Guaratiba, Bangu, Realengo, Jacarepaguá, Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Grumari e Campo Grande.
Com uma área de muito verde que forma um vale, é na reserva ambiental onde está localizado o ponto mais alto do município, o Pico da Pedra Branca, com 1.025 metros de altitude. Além do variado patrimônio natural, o parque possui construções de interesse cultural, como um antigo aqueduto, represas e ruínas de sedes de antigas fazendas.
O Parque é caracterizado também por vertentes rochosas, que dificultam a penetração da água da chuva. Isso faz com que o escoamento seja intenso, gerando um processo erosivo.
O maciço da Pedra Branca possui uma importante rede hidrográfica que contribui para o abastecimento de água da região ao seu redor, destacando-se as represas do Pau da Fome e do Camorim (século XIX), para capacitação de água da chuva (segunda foto). Há também a cachoeira do Camorim.
Dando continuidade ao trabalho de campo, saindo do maciço ocorreu uma parada na Avenida Ayrton Senna para observar o brejo. A Barra da Tijuca e Recreio são áreas com muita vegetação deste tipo, mas que com a grande especulação imobiliária, está acontecendo um processo de degradação por meio da formação de aterros. No brejo, o índice de umidade é alto e habitam principalmente répteis, insetos e peixes (em uma lagoa embaixo da vegetação).
A última parada foi na restinga da reserva do Recreio (foto mais acima).Algumas plantas da vegetação de restinga tem adaptações para lidar com uma alta carga de sal vinda da maré. Glândulas especializadas nas folhas excretam sal. As bromélias ali localizadas não são focos de mosquito da dengue porque o ecossistema se encarrega de eliminá-los com predadores como sapos e pererecas.
Vale visitar o Maciço da Pedra Branca, o brejo e a restinga! Três tipos de vegetação quase no mesmo local, entre a montanha e o mar. É assim o Rio de Janeiro. Só falta preservar! E isto é uma ação de todos nós.

terça-feira, 29 de abril de 2008

CTR - Nova Iguaçu



Em uma visita técnica na Central de Tratamento de Resíduos (CTR), localizada no município de Nova Iguaçu (RJ), ontem (28/04) de manhã, aproveitei para tirar umas fotos e procurar pautas. Estando a trabalho (consultoria ambiental), não pude dar ênfase ao Jornalismo, mas como jornalista, estava sempre atenta, em busca de notícia.
A CTR Nova Iguaçu foi criada em 2003, substituindo o antigo lixão, para desenvolver projetos e empreendimentos de meio ambiente e resíduos sólidos. O aterro de 500 mil m2 tem o objetivo de dar a destinação ecologicamente correta para resíduos urbanos, de serviços de saúde e industriais, de classes I e II. A empresa também faz a drenagem das águas pluviais para evitar a contaminação pelo chorume.
Segundo uma funcionária do Centro, 20 ex-catadores, que tiravam do lixão o seu sustento, receberam treinamento e foram aproveitados, trabalhando com o cultivo de mudas de Mata Atlântica. O plantio é utilizado na cobertura de áreas degradas e enriquecimento vegetal, colaborando com o processo de inclusão social. “Os catadores que não foram aproveitados por nós, entraram para associações ou foram aproveitados pela Prefeitura” – conta a funcionária Priscila.
Quando estava chegando ao local da reunião, me deparei com um grupo de estudantes de uma escola pública. Os jovens estavam no Centro de Educação Ambiental, um espaço de conhecimento aberto para a comunidade e escolas. O lugar tem os objetivos de conscientizar, melhorar a qualidade de vida e gerar ações de proteção do meio ambiente, por meio de palestras, oficinas e eventos. Aos moradores do entorno e aos colaboradores são oferecidos cursos de capacitação que utilizam técnicas de reciclagem e reutilização de diferentes tipos de lixo para confecção de móveis e objetos.


segunda-feira, 28 de abril de 2008

Resultado da enquete

Terminou hoje a enquete "Você acha que o Brasil está no caminho certo para a sustentabilidade?". Os 21 votos ficaram divididos em: Sim -3 (14%), Não - 14 (66%) e Sem opinião formada - 4 votos (19%). A pesquisa, apesar de pequena, mostra que é preciso uma participação de todos para que o Brasil alcance a sustentabilidade. E a necessidade de mudança é urgente: segundo o relatório "Planeta Vivo 2006", produzido pela WWF - Fundo Mundial de Vida Selvagem - a humanidade já consome 25% mais recursos naturais do que o planeta é capaz de repor. Mas o que é desenvolvimento sustentável, afinal? E o que fazer para colaborar?
Como resposta à primeira pergunta, Desenvolvimento Sustentável é uma expressão complexa, que envolve uma série de fatores e exige uma análise profunda. De forma simples, podemos definir o termo como aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer as gerações futuras, explorando os recursos naturais de forma consciente, retirando apenas o necessário para uma vida digna. O conceito envolve também respeitar a capacidade de suporte da biosfera, não lançando mais do que ela é capaz de absorver.
Respondendo à segunda pergunta, questões como o consumo consciente, educação (incluindo a ambiental), inclusão social, empresas agindo com responsabilidade sócio-ambiental e seguindo a legislação são alguns aspectos importantes.
Para fazer de fato o desenvolvimento sustentável é necessário primeiramente mudar o estilo de vida, reduzindo o consumo supérfluo. É uma pequena ação que está ao alcance de todos e que ajuda muito no caminho para a sustentabilidade. Antes de comprar algo, devemos nos perguntar se estamos agindo por impulso ou se realmente precisamos daquele produto.
É fundamental melhorar a qualidade da educação. No texto “Uma questão de educação”, publicado anteriormente no blog, podemos perceber o futuro de um país mal educado. A educação é o principal instrumento de transformação e inclusão social. Conseqüentemente, ela forma cidadãos mais conscientes ambientalmente e capazes de conseguir um bom emprego e uma vida digna, ajudando na redução da pobreza. Por que não incluir nos currículos escolares uma matéria de educação ambiental, se ela é multidisciplinar e o meio ambiente essencial à vida? Ainda na mesma questão social, a estabilização da população mundial é muito importante para o desenvolvimento sustentável. Uma família considerada ecologicamente correta possui apenas um filho.
Em relação às empresas, estas enfrentam grandes desafios para o desenvolvimento sustentável. De todos os portes, elas precisam investir em tecnologias mais eficientes para gerar mais energia causando menos impacto, melhorar os processos de produção, investindo em uma produção mais limpa, que gasta menos matéria-prima e lança menos resíduos, tratando-os melhor. As empresas devem agir com responsabilidade sócio-ambiental, suas ações devem gerar reflexos positivos na sociedade e no meio ambiente. Estudos mostram que empresas que poluem menos, produzem a mesma quantidade e lucram mais porque desperdiçam menos e aproveitam seus resíduos, provocando menos impactos ambientais.
Estamos esperando o quê para mudar? Uma nova enquete já está no ar!

domingo, 27 de abril de 2008

Belezas do nosso Brasil





Maracaípe (PE)

















Lagoa Rodrigo de Freitas vista do Cristo (RJ)






Fotos: Ana Claudia Soares

Amazônia - Fique por dentro

Aproveitando o tema, segundo relatório de dezembro do ano passado, publicado no site do Ministério do Meio Ambiente (http://www.mma.gov.br/), o resultado das medidas moralizadoras adotadas pela Instituição e pelo Ibama, desde o ano 2003, na Amazônia, consiste em: apreensão de cerca de 1 milhão de m³ de madeira em tora, apreensão de centenas de equipamentos (como motoserras e caminhões) utilizados em desmatamento ilegal e aplicação de cerca de R$ 3 bilhões em multas. Os resultados de 17 grandes operações conjuntas realizadas por Ibama e Polícia Federal na região, também desde 2003, foram: prisão de 650 pessoas (121 servidores do Ibama, 19 outros servidores públicos e 510 madeireiros e lobistas) e fechamento de aproximadamente 1.500 empresas. No relatório, no trecho "Estimativa de desmatamento da Amazônia", em relação a 2005-2006, o desmatamento na Amazônia teve queda de 20% em 2006-2007, tendo uma área desmatada estimada em 11.224 Km2, taxa muito próxima a menor já registrada (11.030 em 1991), desde o início da medição em 1988. O gráfico "Evolução das taxas de desmatamento por estado" mostra que Mato Grosso (antes o estado com maior índice de desmatamento), em 2004, teve uma área desmatada de quase 12 mil Km2 e em 2007, o desmatamento caiu para um pouco mais de 2 mil km2, se tornando o segundo estado com mais desmatamento. Atualmente, o estado com uma maior taxa é o Pará, que no ano passado, teve cerca de 6 mil km2 de área desmatada.

Curiosidade - O Brasil por aí

Possível ou não, eu não sei, mas o jornal inglês “The Guardian” (http://www.guardian.co.uk/) divulgou uma lista de personalidades de todo o mundo que têm mais capacidade de ajudar a salvar o planeta. Entre os 50 nomes, escolhidos por especialistas da área de meio ambiente, estão: o ex-vice-presidente e vencedor do Prêmio Nobel da Paz 2007 Al Gore, que luta principalmente contra o aquecimento global, tendo realizado o documentário Uma Verdade Inconveniente, a ambientalista Wangari Maathai, ecologista queniana vencedora do Prêmio Nobel da Paz 2004 e a única da América Latina, a ministra do Meio Ambiente Marina Silva. Ganhando destaque na matéria, a ministra é considerada a mais capacitada para combater o desmatamento ilegal na Amazônia. Sendo analfabeta até os 16 anos e hoje reconhecida internacionalmente, gostando dela ou não, é certamente um bom exemplo.

Por Ana Claudia Soares

sábado, 26 de abril de 2008

Iniciativas boas de conhecer


Fernando de Noronha (PE) é considerado um dos lugares mais ricos em beleza natural do Brasil. Com uma grande biodiversidade, um ecossistema preservado, água transparente, muita vida marinha e boas ondas, a ilha atrai amantes da natureza, pesquisadores, mergulhadores, surfistas e turistas de todo o mundo. A questão da proteção ambiental é levada a sério no arquipélago.
Para manter o bom desenvolvimento do meio ambiente, são realizados projetos ecológicos e estudos científicos, combinando o eco turismo com a preservação ambiental. O mais famoso é o projeto Tamar, que tem como objetivos garantir a proteção das tartarugas marinhas que desovam nas praias do arquipélago, controlar o desenvolvimento dessas tartarugas e conscientizar a população e turistas. Muito conhecido também, o projeto Golfinho Rotador é voltado para o estudo e registro dos golfinhos que habitam as águas de Fernando de Noronha.
São desenvolvidos ainda vários trabalhos de graduação, mestrado e doutorado em áreas como Biologia, Ecologia, Zoologia, sobre a questão do turismo na ilha, estudos de caracterização da fauna e flora, sobre o lixo e etc. Para saber mais ou participar de algum projeto no arquipélago, acesse: http://www.noronha.pe.gov.br/ctudo-adm-projetos.asp




sexta-feira, 25 de abril de 2008

Água: corrida para sobrevivência

A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um relatório informando que 2,7 bilhões de pessoas (45% da população mundial) não vão ter água no ano de 2025. O bem essencial à vida é finito e necessita de uma atenção urgente: o consumo consciente se faz fundamental.
O Brasil tem cerca de 12% do total das reservas de água doce do planeta e possui elevados índices pluviométricos. Como explicar, portanto, os milhares de brasileiros que sofrem com a falta deste recurso? Podemos apontar como possíveis respostas: o rápido crescimento populacional, acompanhado de um crescimento desordenado das cidades, sem investimento ou planejamento da rede, uma má distribuição da água, o problema do mau gerenciamento dos recursos hídricos e o imenso desperdício.
Com todo este quadro, podem surgir conflitos gerados pela disputa da água em todo o mundo, como ocorrem entre Índia e Bangladesh (rio Ganges), que utilizam a água principalmente para irrigação e abastecimento populacional e entre Israel e Jordânia (rio Jordão), que são regiões áridas.
No seminário “Diálogos Capitais”, promovido no início do mês de abril pela revista Carta Capital na cidade do Rio de Janeiro (RJ), David Zee, engenheiro civil e oceanógrafo reconhecido por sua luta na área de meio ambiente do Rio, afirmou:
- “A Terra tem mais de 6 bilhões de habitantes. Não vai ter água para todo mundo. Será uma verdadeira guerra. Com a enorme concentração da população do Rio de Janeiro na zona costeira, não há Guandu que agüente. São toneladas de produtos químicos lançados e 20% da água que bebemos são provenientes de esgoto”.
No Brasil, alguns especialistas alegam que paga-se muito pouco pelo uso da água. Para muitos, uma das soluções para diminuir o desperdício seria aumentar o valor da cobrança. O que pesa no bolso tem muita chance de gerar reflexo nas atitudes, promovendo um consumo consciente. Tomar banhos menos demorados e não deixar que lavem carros e calçadas com água potável são duas pequenas ações do cotidiano que podem contribuir muito para a conservação da água.
Para piorar a situação de miséria, a crise da água tem maior reflexo nas regiões mais pobres do mundo, onde a população depende da agricultura para sobreviver. Não tendo nenhum acesso ou somente a águas poluídas, muitas pessoas ficam doentes ou morrem pela ingestão de água contaminada. Em regiões do Brasil, existe água para a agricultura de exportação, mas não para a população local.
No mesmo seminário, o presidente do Instituto Brasil PNUMA (Comitê Brasileiro do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) Haroldo Mattos de Lemos disse:
- “O uso de água no mundo consiste em: 70% na irrigação, 10% doméstico e 20% industrial. O maior desperdício ocorre na irrigação. O Brasil adota técnicas antiquadas, que gastam muita água e irrigam uma área pequena, não atingindo toda a plantação. A técnica de gotejamento nas raízes das plantas é muito utilizada em Israel, uma região árida e aproveita muito bem o recurso”.
Segundo ele, cerca de 3 milhões de crianças morrem por doenças causadas por águas contaminadas todos os anos e até o ano 2000, mais de 1,1 bilhão de pessoas não tinham acesso adequado à água. Haroldo conta ainda que, no Brasil, 45% da população total não têm acesso à água tratada e 96 milhões não possuem esgotamento sanitário.
Como resposta a uma pergunta sobre a solução mais viável para resolver o problema da escassez de água no Brasil, ele diz que a dessalinização ainda é inviável devido aos altos custos e porque só atenderia a cidades litorâneas ou próximas do litoral. Para ele, a melhor saída é investir na construção de cisternas, que aproveitam a água das chuvas, são viáveis economicamente e resolvem o problema da falta de água, além de evitarem inundações. Ele afirma que no Nordeste já foram construídas mais de 20 mil cisternas e conclui:
- “A água deverá desempenhar neste século um papel semelhante ao petróleo no século XX”.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Que destino dar?


O que fazer com aparelhos eletrônicos que não funcionam mais ou que simplesmente não queremos mais? Qual o destino correto que devemos dar após seu uso? Estes aparelhos, se jogados em "lixões" a céu aberto, podem ser perigosos para a saúde humana e para o meio ambiente, porque pode ocorrer a contaminação por materiais pesados, se misturados no lixo comum. É necessário dar uma finalidade correta para seu computador antigo, seu vídeo, dvd, televisão e etc. O lixo eletrônico pode ser reciclado, por meio da transformação de peças destes aparelhos em novos equipamentos, fabricando produtos que poderão ser utilizados por outras pessoas, contribuindo até para a inclusão digital. Muitas empresas de coleta seletiva compram as sucatas digitais com a finalidade de reciclar e colocar novamente no mercado. Procure uma na sua cidade ou deposite em postos de coleta apropriados, dando o destino correto para seu lixo digital.

Acontece

Para quem gosta de ficar antenado em tudo que acontece sobre o meio ambiente, colocamos aqui alguns eventos de maio:
- Semana de Biologia da Uff (Niterói) - de 12 a 16 de maio. Maiores informações: http://www.freewebs.com/semanabiouff2008/index.htm
- Conferência Internacional Empresas e Responsabilidade Social 2008 - Mercado Socialmente Responsável: uma Nova Ética para o Desenvolvimento - de 27 a 30 de maio de 2008, em São Paulo. Maiores informações: www.ethos.org.br/ci2008/ ou pelo número 11.3616-7575

"Sai do chão a torcida do Mengão" - E o Maraca depois?

Flamengo jogando significa Maracanã lotado, muita festa e alegria. Na vitória de ontem por 2x0 contra o Bolognesi pela Libertadores, os flamenguistas fizeram a festa. Mas como toda festa popular, como é que fica o local depois? Latinhas de cerveja e refrigerante espalhadas pelo chão, papel de bala e biscoito, pontas de cigarro, um cheiro ruim ... Atenção torcedor: um olho no jogo e outro no meio ambiente!
Saudação rubro-negra - Por Ana Claudia Soares

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Importante Saber

Os 10 princípios da sustentabilidade:
1) Emissão zero de carbono - o Brasil está no caminho? As empresas precisam entrar "de cabeça" nesse projeto.
2) Reciclagem de lixo - você pode colaborar fazendo coleta seletiva na sua casa.
3) Transporte sustentável - saia menos de carro, pegue o metrô!
4) Uso de materias recicláveis nas construções - o tijolo ecológico é mais barato, areja mais a casa e é de bem com a natureza.
5) Alimentos orgânicos - sem pesticidas / agrotóxicos.
6) Consumo menor - diga NÃO ao consumismo exagerado e ao desperdício.
7) Reuso de água - reduza seu tempo no banho e fale com seu porteiro para não lavar a calçada com a mangueira. Lembre-se : ele está utilizando água potável para lavar carros e calçadas!
8)Manutenção da biodiversidade - explorar e produzir de forma sustentável, conservando o meio ambiente e pensando nas futuras gerações.
9)Valorização do patrimônio cultural - vamos preservar a história do nosso povo!
10) Boas condições de trabalho, saúde e lazer - essencial para uma vida digna, de qualidade.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Pensamento desta terça

Para refletir: " Sejamos a mudança que queremos ver no mundo", Mahatma Gandhi.

Projeto Coleta Seletiva

Morando há cerca de um mês em Copacabana (RJ), resolvi implementar no meu prédio um projeto de coleta seletiva, afinal considero este o primeiro passo para a sustentabilidade. Bom, elaborei todo um material informativo (a importância da coleta seletiva, como fazê-la, o que separar, etc) para apresentar aos moradores e dar início ao projeto. Foi quando resolvi fazer uma rápida pesquisa em forma de enquete. Para a minha surpresa, dos 11 apartamentos do prédio, apenas dois não realizam este processo. Fiquei feliz ao saber que as pessoas estão conscientizadas da importância desta coleta. Como já tinha feito um "folder" informativo, entreguei aos dois apartamentos que não faziam, mas que agora já fazem. Pode ser um pequeno passo diante de tantos problemas ambientais, mas acredito que com pequenas ações podemos ajudar a preservar o meio ambiente.

Vamos fazer coleta seletiva! É fácil e não toma tempo. Você colabora com o meio ambiente sem sair de casa! Se quiser uma ajuda para propor este projeto no seu prédio, meu email é ana.claudia1512@gmail.com .





Por Ana Claudia Soares

Notinha - Saiu na Época

Uma reportagem publicada na revista Época desta semana mostra que o governo brasileiro está apostando nas usinas eólicas para diversificar suas fontes energéticas, evitando um possível apagão elétrico, como ocorreu anteriormente. Utilizar o vento como fonte de energia não agride o meio ambiente e é um recurso natural que não se acaba. Por exemplo, o Nordeste é a região mais privilegiada, com ventos constantes. Enquanto a hidrelétrica responde por cerca de 80% da produção de energia elétrica do Brasil, a energia eólica é a menos usada, beneficiando apenas 252 famílias. Mas este quadro está para mudar.

Notinha - Poluição Visual

Quem anda de carro pela cidade do Rio de Janeiro, certamente já se distraiu com os inúmeros outdoors espalhados pelas vias. Além de poderem provocar acidentes de trânsito, estes anúncios prejudicam, muitas vezes, a beleza cênica do Rio. Não deveria ser permitido este tipo de publicidade. Então, atenção motoristas: olhar o Pão de Açúcar ou a Praia de Ipanema, tudo bem, mas se "desligar" do volante por causa de um produto, não! Uma boa semana para todos e cuidado ao sair de carro!

Para começar bem a semana - Natureza: Descubra que você faz parte dela

Mãe-Natureza

Mãe - Natureza, Eterna beleza.Mãe-Natureza,Bela realeza;Realeza das matas,Da Fauna e da Flora,Dos Bichos exóticos e conhecidos,Do Mico Leão Dourado,Da Águia Cinzenta,Do Urso Panda,Do Lobo Guará,Da Lontra,Do Nenê,Do Dodô,E do Cuco.Do Peixe Boi,Da Baleia Azul,Da Ararinha Azul,E da Arara Vermelha.Da Ararinha Vermelha,E do Papagaio ameaçado.Do Jacaré de Papo Amarelo,Do Tucano,Do Pirarucu,Do Periquito Autraliano,Do Boto,Golfinho,Da Tartaruga Marinha,Do Tamanduá Bandeira,Da Capivara,Do Diabo da Tasmânia,Do Kiwi,Do Coala,Do Ornintorrinco,Do Canguru,Da Iguana,E o Resto da Fauna de Todo Mundo.Precisamos mudar isso,E eis a solução:Se ver num espelho...Todos num espelho,Grandioso espelho,Que todos devem ver,Para o mundo mudar.Vamos mudar dessa pra melhor.Estão caçando todo nosso alimento,Fauna.Estão queimando nossa Vida,Oxigênio,Flora.Pau-Brasil,Ipê,Cipó,Toda Flora.A Floresta Amazônica,Litoral,Costa,Pantanal,Toda Flora.Nossas Águas,Nossas Vidas.Estão Poluindo nossos Rios!Tietê,Tamandua Teíe Pinheiros.Vão invadir nossas matas,Sujar nossas águas.Adeus Rio Negro,Rio Amazonas,Solimões,Paraguai,Paraná,Araguaia,Tocantins.Vão destruir Nossa Bacia Amazônica,Nosso Grande Rio Amazonas,Nosso Planalto das Guianas,Nosso 13 de Março,Pico da Bandeira,Serra da Mantiqueira,Pico da Bandeira,Serra da Mantiqueira,Serra da Diamantina,Pico da Neblina.Chapada de Guimarães,Rio Negro e Rio Solimões.Mas não vamos deixar isso acontecer,Mesmo antes de Crescer.Vamos proteger nossa Fauna e Flora,Mãe-Natureza,E transformar nosso planeta,Num planeta Azul e Verde.
Autor: Eros Serster Prado Guimarães

domingo, 20 de abril de 2008

Uma Questão de Educação

Ocupando a 69ª posição no ranking mundial de desenvolvimento humano, segundo o Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) divulgado pelo PNUD no ano 2006, o Brasil ainda não percebeu que somente investindo pesadamente em educação, será possível construir um país melhor, com menos desigualdades, bem desenvolvido economicamente e com seu meio ambiente conservado. Com cerca de 11% de analfabetos, com 15 anos ou mais de idade (Indicadores INEP/MEC 2005), aliados aos resultados de avaliações nacionais e internacionais percebe-se a fragilidade do sistema educacional brasileiro.
Dados do SAEB (Sistema de Avaliação do Ensino Básico/INEP/MEC) de 2005 mostram que, comparativamente, entre a avaliação nacional realizada em 1995 e a de 2005, houve queda no desempenho dos alunos em todas as séries e disciplinas avaliadas (4ª e 8ª do EF e 3ª do EM). Apenas 10% dos alunos avaliados dominam os conteúdos das séries em que estão matriculados. Cerca de 50º têm uma grave defasagem. O mesmo ocorreu com as avaliações do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) e do PISA (Programa de Avaliação Internacional), isto é, em vez de melhorar, na última década, o ensino brasileiro tem piorado.
De acordo com o economista da Fundação Getúlio Vargas Samuel Pessôa, o Brasil fez escolhas erradas no passado ao não priorizar a educação, investindo (entre as décadas de 1950 a 1980) somente na industrialização e na estatização dos serviços de utilidade pública, em detrimento dos investimentos sociais, especialmente na Educação Básica. Segundo ele, o resultado das escolhas feitas neste período foi uma intensa migração para os grandes centros urbanos, desencadeando uma série de problemas sociais, como a favelização.
Enquanto vários países do mundo avançavam rapidamente em termos educacionais, o Brasil ficou para trás, a passos lentos. Em 1960, a população da Coréia e do Brasil tinha em torno de três anos de estudo em média, mas a partir de então, a escolaridade média dos coreanos aumentou continuamente devido aos fortes investimentos no setor.
Foi em meados da década de 90 que o Brasil começou a aumentar a freqüência escolar. Para Pessôa, apesar do gasto ainda ser baixo, a carência de recursos não é o maior problema da educação brasileira e ele aponta o caminho do aperfeiçoamento da gestão, para que se consiga superar o principal desafio da educação: o da qualidade de ensino da rede pública.
A educação é a base de desenvolvimento de um país, atingindo as dimensões econômicas, sociais e ambientais. Uma maior escolaridade significa salários melhores, diminuição da criminalidade, melhoria da saúde e diminuição da probabilidade de ficar desempregado. Uma população bem educada gera um maior crescimento econômico, atitudes mais conscientes social e ambientalmente. A educação forma adultos com capacidade crítica e, conseqüentemente, cidadãos responsáveis, firmando-se como o investimento que traz um maior retorno que um país pode ter. Então a questão é: como cobrar do povo brasileiro ações mais responsáveis ambientalmente se a maioria não sabe o significado de sustentabilidade e está preocupado se terá dinheiro para comer no dia seguinte?
A pobreza é uma das barreiras para a sustentabilidade. Para a maioria dos governantes a solução da pobreza está no assistencialismo. Surgem vários programas com siglas diferentes, mas com o mesmo objetivo tais como o bolsa-família e o bolsa-geladeira. Não se prioriza a educação, esta sim, um fator de mudança social. São ações imediatistas, que não reduzem o problema, se pensarmos em longo prazo.
Por outro lado, nossa escola precisa aprender a lidar com a diversidade sócio-cultural de seus alunos. Com relação à questão do desempenho escolar, estudos mostram que as variáveis mais determinantes são as características familiares e do aluno, como nível de instrução dos pais, repetência, presença de computador em casa, a participação dos pais na vida escolar dos filhos e se o jovem trabalha fora e estuda ao mesmo tempo. Com relação a variável escolar, o número de horas-aula é apontado como o mais forte na determinação do rendimento.
O economista Samuel Pessôa trata da relação educação e renda, afirmando que a educação é o fator que mais explica a diferença de renda, a desigualdade no Brasil. Quem tem estudo de qualidade ganha mais. A Doutora em Educação e ex-diretora do MEC Iza Locatelli reforça esta idéia, afirmando: “A desigualdade de renda tem forçado a desigualdade de educação, logo temos como corolário que a desigualdade de educação tem sido a maior responsável pela desigualdade de renda. Pior renda, pior escola; pior escola, pior renda. Os países com altos índices de desempenho em testes internacionais como os da Escandinávia, por exemplo, tem uma distribuição de renda mais equânime e, por conseguinte, uma escola boa para todos, porque também o padrão familiar e, como conseqüência o acesso a bens culturais, é melhor distribuído”.
O doutor em Estatística e membro do Conselho Consultivo do INEP José Francisco Soares afirma que a “diferença sócio-econômica e cultural das famílias são pontos determinantes para o desempenho escolar, porém é possível reverter este quadro se a escola for eficaz, de qualidade”.
É possível dizer, portanto, que o Brasil é retrato de um país mal educado: mau desempenho escolar, lixo nas ruas, mortes por dengue provocadas por um simples mosquito, grandes desigualdades sociais, constantes agressões ao meio ambiente.
Fica complicado apontar aqui as soluções para a melhoria da educação no Brasil, uma vez que este é um tema bastante complexo e que envolve uma série de fatores, mas é importante ressaltar a necessidade de promover a aprendizagem e a produção de conhecimentos e de não continuar com o ensino conteudista de hoje, que não gera reflexão nem ajuda a formação de uma consciência crítica. Para a construção de um Brasil melhor em longo prazo, se faz necessário a elaboração de currículos escolares que também contemplem as questões ambientais, de um ensino que forme cidadãos para a vida. Investir fortemente na educação, melhorando a qualidade do ensino no País é primordial para se pensar em um Brasil mais consciente em todas as áreas, contribuindo enfim, para que as futuras gerações recebam um país que zela pela vida de seus cidadãos, de suas águas, suas matas e seus animais.


José Francisco Soares - artigo “O efeito da escola no desempenho cognitivo de seus alunos”, Revista Electrónica Iberoamericana sobre Calidade, Eficacia y Cambio em Educación 2004, Vol.2, Nº2.
Locatelli, Iza- Texto para discussão : Projeto Todos pela educação, apresentado ao Instituto Ayrton Senna, fevereiro 2008
Relatório SAEB- MEC/INEP/DAEB,2005.
Relatório Indicadores educacionais- MEC/INEP, 2005
Samuel Pessôa – “Conseqüências para o desenvolvimento brasileiro do descuido histórico com a educação” in Anais do Seminário “Todos pela Educação,em abril de 2006.

Rappel - Bico do Papagaio (RJ)

Para incentivar o ECO-Turismo - com consciência ambiental, sem jogar lixo na mata ou qualquer outra ação contrária à preservação da natureza - e para terminar o domingo de feriado de bem com o meio ambiente, coloco aqui uma notinha sobre o rappel que fiz hoje no Bico do Papagaio, na Floresta da Tijuca (RJ). Com muita disposição para passeios matinais e aventura, eu e um grupo de cinco amigos subimos pela trilha do Bico do Papagaio. Após 1 hora, chegamos ao ponto mais alto (cerca de 989 m), onde nos surpreendemos com uma vista linda da cidade do Rio de Janeiro - mesmo com todos os problemas, o Rio continua lindo. Depois do nosso guia preparar todo o equipamento (guia e segurança para a prática de aventura são fundamentais), descemos de rappel em uma pedra de 25 m. Recomendo a todos este passeio! Muita paz e integração com a natureza!

Campanhas publicitárias da Petrobras são suspensas

As campanhas publicitárias “Petrobras – Sonhar pode valer muito” e “Petrobras – Estar no meio ambiente sem ser notada” foram suspensas pelo Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária (CONAR) no dia 17 de abril, após uma representação movida contra estes anúncios pelas entidades: Secretarias Estaduais de Meio Ambiente dos estados de São Paulo e Minas Gerais, Secretaria do Verde e Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo, Fórum Paulista de Mudanças Climáticas Globais e de Biodiversidade, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor e ONGs, como o Greenpeace e SOS Mata Atlântica.
A suspensão foi devido à Petrobras divulgar a idéia de ser responsável socialmente, sendo uma empresa geradora de altos índices de poluição, principalmente das águas brasileiras. Segundo os autores da ação, o óleo diesel produzido pela empresa é um dos piores do mundo e contribui para piorar a qualidade de vida dos brasileiros.
Este caso é um alerta contra a maquiagem verde, usada por algumas empresas com o objetivo de transmitir à população uma boa imagem. O que muitas vezes ocorre, no entanto, é um dano ambiental muito grande diante das poucas ações realizadas por elas. Esta decisão do CONAR reforça, ainda, a credibilidade da informação publicitária.